Da Redação – O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, “persona non grata” e proibiu a entrada dele no país.
Na diplomacia, a classificação de alguém como “persona non grata” significa que essa pessoa — geralmente um chefe de governo ou um diplomata — não é bem-vinda em um país. A “persona non grata” não é necessariamente proibida de entrar no país. No caso de Guterres, no entanto, sua entrada em Israel também foi banida, de acordo com o chanceler israelense.
O motivo foi a falta de um posicionamento claro de Guterres sobre o ataque de terça-feira (1º), quando o Irã lançou cerca de 200 mísseis em direção ao território israelense.
“Qualquer pessoa que não consiga condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irã contra Israel, como quase todos os países do mundo fizeram, não merece pisar em solo israelense”, escreveu Katz nas redes sociais.
Ele acrescentou ainda a ausência de posicionamentos mais contundentes do secretário-geral em relação a grupos terroristas hostis a Israel.
“Este é um secretário-geral que ainda não denunciou o massacre e as atrocidades sexuais cometidas pelos assassinos do Hamas em 7 de outubro, nem liderou esforços para declará-los uma organização terrorista. Um secretário-geral que apoia terroristas, estupradores e assassinos do Hamas, Hezbollah, Houthis e agora o Irã — a matriz do terror global — será lembrado como uma mancha na história da ONU”, completou.
A única manifestação de Guterres na terça-feira não fazia qualquer menção ao ataque contra Israel. “Condeno a ampliação do conflito no Oriente Médio, escalada após escalada. Isso tem que acabar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo”, publicou o chefe da ONU no Instagram.